Já imaginou
leitor se a música parasse no tempo? Se no Período
Renascentista da Europa fosse
estabelecida uma lei da corte dogmática, extremamente radical para os
compositores, a qual usar a liberdade de expressão, particularismo, inovações
seria uma heresia contra um paradigma das cortes? Não sairíamos dos Neumas, ou quem sabe uma notação musical
incomplexa e rudimentar. No quesito gênero musical não evoluiria Canto Gregoriano e nem a música do
período antigo produzida com Gaita de
Foles, Saltério, Alaúde, Cravo e Flauta.
Resumindo, a música iria entrar em decadência com o passar do tempo sem a
autoria da inovação, tecnologia (Sampler,
Sintetizador, Loops, Mesa Digital...) e
de muitos fatores que contribuem para ela continuar no ápice, caminhando junto
com a evolução.
No
cronograma da história, desde o tempo de Johannes
Ockeghem, passando por Villa Lobos e
chegando aos tempos atuais com Schoenberg
(Música Erudita), ou das músicas de Tonico
e Tinoco para as músicas do Gustavo
Lima (Sertanejo), do som de Jimi
Hendrix ao som produzido pelo Linkin
Park (Rock), podemos referir-se a música em seu sentido autônomo de compor
em duas formas: Como uma folha de papel em branco, ou como uma folha já
exemplada. Na folha já exemplada não há espaço para a inovação, o estilo é homogêneo
não tem muita variação, esses são estilos que mantem a tradição, já seguem um
paradigma, como exemplo tem os gêneros tradicionais: Música Clássica, Medieval,
Gaúcha, Samba, Sertanejo Raiz...
Porém, na folha em branco abre-se o espaço para a miscigenação, peculiaridade, inovação
de ritmos, batidas, suporte tecnológicos, adaptações de melodias, novos
contrastes são explanados como uma forma de usar o conhecimento com a
criatividade. Comercialmente a “Composição Espontânea” tem por objetivo crucial
atingir a juventude em massa, como é o caso dos gêneros contemporâneos
rotulados como ‘’Neos’’: Arrocha, Sertanejo Universitário, Pagode,
Country, Funknejo... Estilos musicais que vem ganhando adeptos
principalmente no Brasil por ser um Pais multirracial e hipercultural.
A autonomia
para compor, independe de estilo sempre foi uma característica da música, a
inovação deve caminhar com as mudanças do mundo moderno, e nestas catástrofes é
inevitável à música não sofrer mutações.
Dúvidas, sugestões, críticas: wagner.musica.estudiotrack70@hotmail.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário