domingo, 4 de maio de 2014

A Música Espontânea

Já imaginou leitor se a música parasse no tempo? Se no Período Renascentista da Europa fosse estabelecida uma lei da corte dogmática, extremamente radical para os compositores, a qual usar a liberdade de expressão, particularismo, inovações seria uma heresia contra um paradigma das cortes? Não sairíamos dos Neumas, ou quem sabe uma notação musical incomplexa e rudimentar. No quesito gênero musical não evoluiria Canto Gregoriano e nem a música do período antigo produzida com Gaita de Foles, Saltério, Alaúde, Cravo e Flauta. Resumindo, a música iria entrar em decadência com o passar do tempo sem a autoria da inovação, tecnologia (Sampler, Sintetizador, Loops, Mesa Digital...) e de muitos fatores que contribuem para ela continuar no ápice, caminhando junto com a evolução.
No cronograma da história, desde o tempo de Johannes Ockeghem, passando por Villa Lobos e chegando aos tempos atuais com Schoenberg (Música Erudita), ou das músicas de Tonico e Tinoco para as músicas do Gustavo Lima (Sertanejo), do som de Jimi Hendrix ao som produzido pelo Linkin Park (Rock), podemos referir-se a música em seu sentido autônomo de compor em duas formas: Como uma folha de papel em branco, ou como uma folha já exemplada. Na folha já exemplada não há espaço para a inovação, o estilo é homogêneo não tem muita variação, esses são estilos que mantem a tradição, já seguem um paradigma, como exemplo tem os gêneros tradicionais: Música Clássica, Medieval, Gaúcha, Samba, Sertanejo Raiz... Porém, na folha em branco abre-se o espaço para a miscigenação, peculiaridade, inovação de ritmos, batidas, suporte tecnológicos, adaptações de melodias, novos contrastes são explanados como uma forma de usar o conhecimento com a criatividade. Comercialmente a “Composição Espontânea” tem por objetivo crucial atingir a juventude em massa, como é o caso dos gêneros contemporâneos rotulados como ‘’Neos’’: Arrocha, Sertanejo Universitário, Pagode, Country, Funknejo... Estilos musicais que vem ganhando adeptos principalmente no Brasil por ser um Pais multirracial e hipercultural.

A autonomia para compor, independe de estilo sempre foi uma característica da música, a inovação deve caminhar com as mudanças do mundo moderno, e nestas catástrofes é inevitável à música não sofrer mutações.

Dúvidas, sugestões, críticas: wagner.musica.estudiotrack70@hotmail.com