Funk
Carioca, oriundo das favelas do estado do Rio de Janeiro no começo da década de
80, tido como o criador do estilo o famoso Dj Marlboro, influenciado pelo som
tocado em Miami, o Miami Bass ‘’old school’’, derivado da fusão de dois
gêneros, o Electro e o Hip Hop, Marlboro estabeleceu ao Miami Bass um segmento
a mais do gênero, explanando
Suas ideias
junto as suas influencias, emergindo um gênero híbrido, ingênuo e não vulgar em
seus princípios. Naquela época, o funk virou uma tendência carioca se propagando
para o resto do Brasil por intermédio da mídia, divulgando músicas de outros
artistas que seguiram a linha do funk por já constar naquela época de 80 para
90 na categoria de música comercial-popular. O tempo passou, e o que analisamos
em sua determinada cronologia, foi mudanças desfavoráveis no ponto de vista
crítico na temática das letras, letras que até na década de 90 exprimiam amor,
alto-astral e paz que perdurou aproximadamente uma década, foram substituídas
por letras obscenas e um português em deformidade, o formal português e o modo
de compor com respeito, essência e alma entraram em desuso.
O funk
carioca aparenta-se como um sarcasmo ao funk americano, embora ambos distintos
e diferentes há uma dissensão cultural de gêneros, o americano provido do jazz
e do soul, com guitarra funkeada, vocal trabalhado e um groove rítmico forte
provocado do baixo e da bateria e com letras favoráveis baseadas em diversas
temáticas, e enquanto o funk brasileiro provido de ‘’batidões’’ e samplers repetitivos
e nada inovador dando ritmo a letras pobres e pejorativas, fazendo apologia ao
sexo sem amor, tráfico de drogas, desvalorização do gênero feminino, apelo a
violência, abuso sexual e sem falar em outras temáticas obscenas, apresentando
uma linguagem torpe e vulgar.
Infelizmente
este é o gênero que mais esta nos celulares, ipods, ipads, mpxs e outros
reprodutores de mídia portátil nas escolas, é na entrada, no recreio e na
saída, é batidão daqui e dacolá ouvida e venerada por 99% dos educandos de
diversas faixas etárias. Eles ouvem por ouvir, não há nenhuma concepção a não
ser ouvir por ‘’modinha’’, ‘’por que se eu não escutar funk, serei anormal,
diferente do meu colega’’ são duas das demais desconfianças imaginárias de um
adolescente. Devo acentuar que essa ‘’fantasia’’ que o adolescente estabelece
por falta de conhecimento, cultura e até de independência de opinião, é fruto
da falta de sensibilidade e de bom senso, estão cegos e muito novos para se
confinar em ouvir apenas um gênero musical e dizer que é ‘’tudo’’ sem conhecer
o complexo e amplo mundo da música e seus diversos gêneros.
Espero que
esse quadro reverta, e que os jovens deem vasão ao conhecimento e o discernimento
do bom no sentido saudável e do ruim no sentido insignificante, por que artista
de verdade faz música de respeito pensando na consequência social e não no
sucesso e dinheiro. Saudade dos tempos de Renato Russo, em suas letras esbanjava
filosofia de vida e conhecimento para partilhar, sem almejar nenhum sucesso a
sua simplicidade alcançou o mundo assim como outros artistas que mantiveram a essência
e o respeito em compor música sem olhar para o lado de lá. Vamos dar valor a
artistas que levam a música a sério, vivem realmente dela e que infelizmente
estão tragados pela música comercial, pois música comercial não é música,
música é alma.
Sugestões escreva para o meu e-mail: wr-guitarman@bol.com.br
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